Blog do Iane Salazar

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24 de abr. de 2011

Marcelo Tavares quer tomar o PSB ‘de assalto’

O PSB do Maranhão está novamente em crise. O deputado federal Ribamar Alves e membros históricos da legenda acusam o grupo do presidente do Diretório Estadual José Antonio Almeida, do qual fazem parte o deputado estadual Marcelo Tavares e o ex-governador José Reinaldo, de criar comissões provisórias no interior, sem o aval da direção estadual, visando a eleição da legenda em novembro.
São os presidentes dos diretórios municipais quem escolhem o presidente. Sem as eleições nos municípios, fica mais fácil para os atuais dirigentes manterem o controle da legenda. O Objetivo de José Antonio seria viabilizar mais facilmente a eleição de Marcelo Tavares, seu primo, para a presidência do Diretório Estadual. O filho de José Antonio, Maurício Almeida, é o o presidente do Diretório Municipal de São Luís.

José Antonio estaria tentando favorecer o primo Marcelo Tavares
Na semana passada, o deputado Luciano Leitoa (PSB) foi a Recife (PE) conversar com o presidente nafcional, governador Eduardo Campos, sobre esse e outros assuntos.
A reportagem de O Estado teve acesso a uma troca de e-mail entre o presidente e Ribamar Alves onde este mostra toda sua indignação devido a forma como o adversário vem conduzindo o partido, nomeando comissões provisórias nos municípios até onde ele foi mais votado.
Na mensagem, o deputado federal reclama que “por duas ocasiões foi desmarcada a reunião da executiva do nosso partido, a primeira por suposta falta de quórum, a segunda por uma suposta atividade inadiável a Brasília na segunda (mesma data da reunião da executiva) para tratar do assunto”. “O que não posso concordar é com a nomeação de comissões provisórias sem nenhuma discussão, principalmente, onde eu tive maior votação do partido e, em muitos municípios, até sendo o mais votado”, diz Ribamar Alves no e-mail.
José Antonio responde dizendo que as reuniões foram adiadas por falta de quórum. “Na reunião de segunda-feira (28 de março), marcada para as 18h, até as 21h, quando eu deixei a sede do PSB, só haviam dez membros da executiva, quando o mínimo são 13. Na hora marcada para a reunião, só havia eu. Às 18h30, quando liguei para o seu escritório em São Luís, para o gabinete do deputado Marcelo Tavares e para o celular do (ex) deputado Domingos Paz, avisando da falta de quórum, a fim de que não se deslocassem inutilmente para a reunião, só havia eu e o companheiro Hudson, de Imperatriz. Ou seja, mais de 30 minutos após o horário marcado, só haviam 2 dos 13 necessários para a instalação da reunião. A falta de quórum, portanto, não foi suposta, mas efetiva”, responde o presidente do PSB.
Leia a íntegra dos e-mails:
Caro Presidente,
Por duas ocasiões foi desmarcada a reunião da executiva do nosso partido, a primeira por suposta falta de quórum, a segunda por uma suposta atividade inadiável a (sic) Brasília na segunda (mesma data da reunião da executiva)  para tratar de assunto junto ao STF referente ao caso Capiberibe, mas cuja viagem só ocorreu na terça-feira e, que segundo o próprio Capiberibe, não havia nada a ser recorrido no STF. Mas, até aí tudo bem, o que não posso concordar é com a nomeação de comissões provisórias sem nenhuma discussão, principalmente, onde eu tive maior votação do partido e, em muitos municípios, até sendo o mais votado. Sei que é uma prerrogativa do presidente fazer a indicação “Ad Referendum”, mas foi marcado duas reuniões e ao entrar em contato com vossa senhoria na terça-feira passada foi acertado que marcaria outra reunião, no lançamento do livro do Dr. Roberto Amaral, também ficou acordado e, agora vejo na site do TRE várias comissões que não foram objeto de discussão e de deliberação da executiva aparecer como apontadas. Acho conveniente e salutar para a boa convivência partidária que seja respeitado os acordos, até porque o que é acordado sai mais barato. Espero que vossa senhoria aja de forma mais comedida e democrática conforme é a norma do PSB.

Abraços cordiais e saudações socialistas.
PS: estou enviando este e-mail depois de várias tentativas de manter contato telefônico e não ter sido atendido e, até mesmo de ter mandado mensagem telefônica e não ter sido respondido.

Prezado Deputado Ribamar Alves,

A verdade é algo que o homem deve prezar.

Na reunião de segunda-feira, 28 de março, marcada para as 18 horas, até as 21 horas, quando eu deixei a sede do PSB, só haviam 10 membros da Executiva, quando o mínimo é (sic) 13. Na hora marcada para a reunião, só havia eu. Às 18 e 30, quando liguei para o seu escritório em São Luís, para o gabinete do Deputado Marcelo Tavares e para o celular do Deputado Domingos Paz, avisando da falta de quorum, a fim de que não se deslocassem inutilmente para a reunião, só havia eu e o companheiro Hudson, de Imperatriz.Ou seja, mais de 30 minutos após o horário marcado, só haviam 2 dos 13 necessários para a instalação da reunião. A falta de quórum, portanto, não foi suposta, mas efetiva. A reunião marcada para segunda-feira, 4 de abril, foi realmente adiada, porque inicialmente eu viajaria às 15.40 hs para Brasília, para atender o caso Capiberibe (como eu não pude terminar as petições que eu tinha que deixar prontas, do meu escritório, só viajei na madrugada de terça). Assim, mesmo não viajando na segunda, nao teria condições de fazer a reunião (que eu já desmarcara desde a sexta, quando o caso de Capi foi divulgado no site do STF). Na verdade, eu fiquei no escritório até 1 da madrugada de terça.

Não é verdade que não houvesse recurso a ser feito no caso Capiberibe. A petição anexa, que espero que V. Exa. leia com atenção, com 27 páginas, é o recurso que eu elaborei, a partir da retirada dos autos (com 15 volumes e 9 apensos) na terça-feira, no STF. Esse prazo foi cumprido no dia 11, data em que voltei para São Luís, significando dizer que esse trabalho tomou uma semana de trabalho, tendo em vista a complexidade do processo e a importância da matéria.
Por outro lado, todas as Comissões que esta direção vai nomear ou serão decididas anteriormente pela Executiva ou serão objeto de referendo posterior, fato que não ocorreu quando V. Exca. presidia o PSB. Bastava um telefonema seu ou um fax do seu gabinete dando a composição da Provisória que deveria ser nomeada para que o Gaudêncio, embora formalmente fosse o Tesoureiro, acessasse a página do TRE-MA e enviasse as comissões, desconsiderando até Diretórios eleitos, e jamais submetendo essas Comissões, depois, ao referendo da Executva.
Essa, sim, é uma postura inadequada a qualquer dirigente partidário, principalmente do Partido Socialista Brasileiro.
 
Atenciosamente,
José Antonio Almeida
Presidente Estadual do PSB-MA.

(Com informações de O Estado Marnahão).

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